26/02/2008

VERDADES SOBRE O ABORTO…

1 – DESDE 1984, É LEGAL EM PORTUGAL ABORTAR: a) Quando a saúde ou a vida mãe estão em risco; b) Por malformação do feto; c) Por violação. O referendo de 2007 a única coisa que alterou foi a possibilidade de que a mulher possa abortar até às dez semanas, sem ter de dar qualquer razão, nos hospitais públicos ou nas clínicas privadas que ganham lucros avultados com isso. Custo médio de um aborto é de € 450 As leis pró-aborto abrem as portas ao grande negócio das Clínicas Privadas Abortivas. Que tipo de médicos trabalhará nessas clínicas? Noutras nações, considera-se que só a escória da classe e os incompetentes é que seguem a “carreira” de abortador. O Ministro da Saúde avançou até com a hipótese de o Estado comparticipar o aborto feito por privados - quando não faz o mesmo para tratar alguns problemas de saúde que a população tem e que os “limita” para uma vida activa de qualidade, tais como cataratas, hérnias, ou outro problema que afecte a saúde de milhares de portugueses. Vários partidos políticos gostariam até de poder alargar os prazos legais. 2 - O BEBÉ TEM ALGUMA PROTECÇÃO LEGAL? Felizmente ainda vivemos numa sociedade que considera que todos, e especialmente os mais fracos e desprotegidos, merecem protecção legal. Mesmo na lei de 1984 este era o princípio base, no qual se abriam algumas excepções, em casos limite. Mesmo a despenalização tendo sido “aprovada” em referendo pelos Portugueses, o princípio base da lei não deveria mudar. Portugal passou quase “indiscriminadamente” a admitir, a partir de 2007, que há seres humanos com direito de vida ou de morte sobre outros seres humanos. Isto é, que o mais forte (a mulher) poderá impor a sua vontade ao mais fraco (o bebé), sem que este tenha qualquer oportunidade de se defender ou quem o defenda. 3 - DIZEM QUE O FETO AINDA NÃO É UMA PESSOA E POR ISSO NÃO TEM DIREITOS... Dentro da mãe não está um animal ou uma planta mas sim um ser humano em pleno crescimento. Será que ainda não é uma pessoa porque não pode falar, ou efectuar cálculos matemáticos ou ler? Não é uma pessoa porque ainda não faz nada de importante, de grave, ou de sério? Um bebé é uma pessoa que cresce no ventre da mãe, nasce e no seu desenvolvimento normal vai-se tornando cada vez mais “independente” na medida em que aqueles que a rodeiam a aceitarem, cuidarem e amarem. O bebé está tão dependente da mãe no seu ventre como o continuará durante muitos anos da sua vida. É por serem mais frágeis que os bebés, dentro ou fora do seio materno, precisam mais da protecção legal dada por toda a sociedade. 4 - E OS PROBLEMAS DA MULHER? A suposta solução dos problemas dum ser humano não pode passar pela morte doutro ser humano. Esse é o erro que está na base de todas as guerras e de toda a violência. A mulher em dificuldade precisa de ajuda positiva para a sua situação. A morte do seu filho será um trauma físico e psicológico que em nada resolve os seus problemas de pobreza, desemprego, falta de informação, etc.. A proibição protege a mulher, que muitas vezes é fortemente pressionada a abortar contra a sua própria vontade pelo pai da criança, por familiares ou até pela sua entidade patronal! A quem pode responder que recusa fazer algo proibido por lei (nos estudos que existem referentes aos países onde o aborto é legal, mais de metade das mulheres que abortaram disseram que o fizeram obrigadas). 5 - MAS A MULHER NÃO TEM O DIREITO DE USAR O SEU CORPO? A mulher tem direito a usar o seu corpo sim, o que não tem é o direito de dispor do corpo de outro. O bebé não é um apêndice. É um ser humano único e irrepetível, diferente da mãe e do pai, com um coração que bate desde os 18 dias (quando a mãe ainda nem sabe, muitas vezes, que está grávida), com actividade cerebral visível num electroencefalograma desde as 6 semanas, com as características físicas e muitas características da sua personalidade futura presentes desde o momento da concepção. 6 - E O PAI DA CRIANÇA TEM ALGUM DIREITO OU DEVER NESTA DECISÃO? Não, o homem fica em todo este processo sem nenhuma responsabilidade, e também sem nenhum direito. A mulher pode matar o filho dum homem contra a vontade dele sem que nada ele possa fazer para o evitar. 7 - E QUANTO À QUESTÃO DA SAÚDE DA MULHER QUE ABORTA? Legal ou ilegal, o aborto representa sempre um risco e um traumatismo físico e psicológico para a mulher. Muitas vezes o aborto é-lhe apresentado como a solução dos seus problemas, e só tarde demais ela vem a descobrir o erro dessa opção. O aborto por sucção ou operação em clínicas e hospitais legais, provoca altas percentagens de cancro de mama, de esterilidade, de tendência para aborto espontâneo, de infecções que podem levar à histerectomia, etc. Mas as sequelas psíquicas são ainda piores. 8 - MAS TEM QUE SE ACABAR COM O ABORTO CLANDESTINO!... A despenalização não ajuda em nada à sua abolição. Os números provam que em praticamente todos os países, após a despenalização, não só aumentou bastante o aborto legal, como não diminuiu o aborto clandestino, pois a lei não combate as suas causas. A diminuição do aborto passa por medidas reais e positivas de combate às suas causas (pela prevenção através da educação sexual e da educação para uma sexualidade responsável, pelo apoio às mães grávidas em dificuldade, etc.). 9 - ENTÃO QUEREM QUE AS MULHERES QUE ABORTAM VÃO PARA A CADEIA? Uma mãe apanhada a roubar pão para o filho com fome não vai presa é auxiliada. Mas ninguém diz que, por isso, o roubo deve ser despenalizado. É importante que as pessoas saibam que matar um ser humano, dentro ou fora do ventre materno, é um crime aos olhos de Deus. 10 - MAS A DESPENALIZAÇÃO NÃO OBRIGA NINGUÉM A ABORTAR... Está provado que a despenalização torna o aborto mais aceitável na mentalidade da sociedade, e por isso mesmo conduz, na prática, ao aumento do número de abortos. Não nos devemos esquecer que a lei não só reflecte as convicções duma sociedade, como também enforma essa mesma sociedade. O que é legal passa, sub-repticiamente, a ser considerado legítimo, quando são duas coisas muito diferentes 11 - PORQUE SE PROPÕEM PRAZOS PARA O ABORTO LEGAL? Os próprios defensores da despenalização sabem que o aborto em si mesmo é um mal e que a lei tem uma função dissuasora necessária, por isso não pedem a despenalização até aos nove meses. No entanto, não há nenhuma razão científica, ética, ou mesmo lógica para qualquer prazo. Ou o bebé é um ser humano e tem sempre direito à vida, ou é considerado uma coisa que faz parte do corpo da mãe e sobre o qual esta tem sempre todos os direitos de propriedade. É de perguntar porque é que até às 10 semanas mulheres e médicos não são criminosos, e a partir das 10 semanas e meia passam todos a sê-lo. 12 - O ABORTO É SÓ UM PROBLEMA RELIGIOSO OU ABRANGE OS DIREITOS DO HOMEM? O aborto ataca os Direitos do Homem. O direito à Vida é a base de todos os outros. O direito de opção, o direito ao uso livre do corpo, o direito de expressão, etc. Todos esses direitos de que as mulheres se arrogam para poderem abortar, têm-nos porque estão vivas, porque lhes permitiram e permitem viver. Ao tirarem a vida aos filhos estão também a roubar-lhes todos os outros direitos. A Declaração dos Direitos do Homem explicita que os direitos são para todos, independentemente de raça, religião, sexo, etc. A despenalização do aborto acrescenta um grande “Se” à lista dos Direitos do Homem: todo o ser humano tem direitos, mas só se for desejado pela mãe. 13 - SER CONTRA A DESPENALIZAÇÃO NÃO É SER INTOLERANTE E RADICAL? Não. O aborto é que é totalmente intolerante e radical para com a criança, porque a mata; não lhe dá quaisquer direitos, não lhe dá opção nenhuma. Os pró-despenalização têm em conta a posição dum só dos intervenientes: a mulher. Dizer “Não” ao aborto obriga-nos a todos, individualmente e como sociedade, a ter em consideração todos os intervenientes. Ao bebé temos obrigação de proteger e de permitir viver. À mulher temos obrigação de ajudar para que possa criar o seu filho com amor e condições dignas ou para que o possa entregar a quem o faça por ela, através de adopção, etc. E ao pai damos o direito de opinar e intervir na decisão. O que importa é ajudar a ver as situações pelo lado positivo, ser solidário, e não deixar que muitas mulheres se vejam desesperadamente sós em momentos extremamente difíceis das suas vidas. É preciso que elas saibam que há sempre uma saída, que não passa pela morte de ninguém. “O Aborto é o pior inimigo da Paz” Madre Teresa de Calcutá «Não pararemos enquanto for possível encontrar nas nossas cidades uma mulher que diga: Eu abortei porque não encontrei quem me ajudasse.» Texto adaptado por mim e elaborado por: Cláudio Anaia claudioanaia@hotmail.com www.relances.blogspot.com

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