"Que proveito há, meus irmãos se alguém disser que tem fé e não tiver obras? Porventura essa fé pode salvá-lo? Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me a tua fé sem as obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. " Carta de SãoTiago Cap. 2 Vers. 14 a 24
A fé cristã é seguramente um dos mais antigos dilemas do Cristianismo, desde de todas as “eras” do cristianismo sempre existiu a questão de se a justificação do homem vem pela fé ou pelas obras?
Existem enumeras seitas ou religiões que pregam que a salvação dos homens é alcançada através das obras… Seguramente não necessito dizer quais porque conhecerá algumas…
Se é certo que as obras não justificam os homens nem através delas alguém alcança a justificação (Salvação), também é certo que não se pode desassociar a fé das obras práticas.
São Tiago ao escrever sobre esse assunto seguramente estava preocupado com o facto da fé Crista correr o risco de tornar-se, um mero sentimento, apenas “governado pelas emoções e “despido” de acções...
A realidade é que nos dias em que vivemos isto está a ocorrer com frequência, Igrejas ensinam os crentes que o mais importante é sentir, experimentar sensações e fazer afirmações de fé.
Não quero dizer que tudo isso esteja errado, mas o que não podemos nós os cristãos é limitar a fé cristã a esses aspectos da experiencia sensorial e divorciando-a da prática e das obras cristãs. Um teólogo alemão de nome Dietrich Bonhoeffer chamou a esse tipo de fé “graça barata”,
Pensar num Cristianismo sem obras de fé, sem frutos, sem provocar efeitos no mundo é “baratear” a graça de Deus, tal como afirmava Bonhoeffe…
O crente cristão deve não só experimentar as emoções de um cristianismo relacional com seu Deus, mas também de viver a fé com acções vivas e concretas em meio de uma sociedade que de alguma maneira desvaloriza a fé cristã, até porque o cristianismo é mais que um conceito filosófico ou uma energia mental na qual experimentamos ou buscamos experiencias sensoriais.
Quando alguém crê, ou seja diz ter fé em Deus, esse alguém deve agir. Pois a sua fé o levará a envolver-se num relacionamento com Deus activo e não a uma alienação da realidade que o rodeia ou a uma tentativa de fuga mística e contemplativa.
O meu desejo é que cada crente em Cristo Jesus não procure apenas ser alguém que diz possuir fé ou a verdade e que experimenta uma relação com Deus, mas antes que a sua fé seja evidenciada através das suas obras “tocando” a sociedade em que ele está inserido, fazendo real a verdade revelada por Jesus de que “nós somos a Luz do Mundo e o Sal da Terra”…
Querido amigo(a) não te contentes com o toque de Deus, mas sê tu também um “instrumento” nas “mãos” de Deus que toque a vida de muitos… que Deus te Abençoe
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